A Mesa da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) se reuniu com o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, para dialogar sobre possíveis convênios de cooperação para capacitação técnica de vereadores, servidores e da sociedade. Participaram do encontro, na manhã desta quinta-feira (2), o presidente da CMC, Tico Kuzma (Pros), o vice-presidente Alexandre Leprevost (SD), a segunda-secretária Professora Josete (PT) e o gestor da Escola do Legislativo, Carlos Barbosa.
Kuzma ressaltou a iniciativa da atual gestão de aproximar o Poder Público da sociedade. “Um dos pilares que temos nessa gestão é fortalecer a Escola para capacitar ainda mais os servidores e vereadores. Queremos a Escola fazendo um elo entre o Legislativo e os cidadãos curitibanos”, afirmou.
Professora Josete, vereadora da Mesa responsável pela Escola do Legislativo, apontou que a Escola será um dos legados desta gestão. “A questão central é fortalecer a Câmara como instituição, que as cidadãs e os cidadãos se sintam representados por nós, mas precisamos buscar a comunidade, precisamos abrir as portas à comunidade. E para isso, precisamos colocar a Escola em prática e mudar a cultura dela”, disse.
“Percebemos hoje que a população está resistente ao meio político, então temos um trabalho a fazer com a Escola do Legislativo. É um privilégio participar desse projeto, que busca capacitar as pessoas para oferecer um serviço de mais qualidade ainda. E o diálogo com a sociedade é fundamental como pilar da democracia. Minha função na Mesa é trazer modernidade e inovação. E vamos continuar fazendo isso”, complementou Alexandre Leprevost.
“É um privilégio participar desse objetivo da Escola do Legislativo e a gente vem percebendo bons frutos, porque tem a função de capacitar cada vez mais os servidores e também levar conhecimento à população”.
Carlo Barbosa destacou algumas atividades da Escola do Legislativo e ressaltou a importância da consolidação do órgão. “Esse momento da sociedade brasileira é muito difícil, é de crise, mas também é um momento de oportunidade. Lembro que houve um ciclo de conferências, em 2016, sobre a memória política de Curitiba. Uma menina disse que nunca esteve no plenário da Câmara Municipal de Curitiba, que é a primeira instituição de Curitiba, e que aqui dialoga com a UFPR, que é a primeira universidade do Brasil”, apontou.
“A universidade estará junto com vocês no que precisarem. A nossa função, como universidade, é estabelecer pontes. Nesse momento de crise, um dos antídotos principais é comunicar, sair para fora dos nossos muros. E quando a articulação é com o Poder Público é melhor ainda”, disse Ricardo Marcelo. “O que a gente sabe é que a universidade tem todas as competências para ajudar. Seja do ponto de vista da política, das ciências, da história, do direito e em todas as outras coisas que possam subsidiar a Câmara Municipal nas políticas públicas, podendo ser também na Saúde e na Educação”, complementou.
Vacina da UFPR
O presidente Tico Kuzma aproveitou a oportunidade para tratar da pesquisa que a UFPR desenvolve para a vacina contra a covid-19. “Queremos levar mais benefícios ainda à população. Parabenizando pelo desenvolvimento da pesquisa da vacina, queremos saber as novidades e, principalmente, de que forma podemos auxiliar a universidade”, questionou Kuzma.
“Imaginamos que até o fim do ano terminaremos as fases pré-clínicas, a fase de testes em animais. Tudo é muito regrado. Estamos em contato direto com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para depois submeter o pedido e começar os testes em humanos”, revelou o reitor. Segundo ele, são necessários mais investimentos na universidade. “Precisaremos buscar investimentos de preferência do Estado do Paraná, para ser uma espécie de Fiocruz paranaense. A vantagem da nossa vacina é ser mais barata e tem insumos nacionais”, destacou.
Ricardo Marcelo lembrou que mesmo com os avanços da vacinação, é importante concluir os estudos dessa vacina. “Vamos precisar da vacina contra a covid, provavelmente, por muitos anos ainda. E essa tecnologia pode ser usada para combater outras doenças, como chikungunya, zika etc. Então a ideia é criar um laboratório que hoje não existe no Paraná. O financiamento para as fases clínicas está aberto, porque abrimos uma campanha pública. Está tímida, arrecadamos um pouco mais de 100 mil reais”, lembrou.