Na terça-feira (28), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) se reuniu com a Secretaria Municipal de Defesa Social e com a direção da Guarda Municipal (GM), no Centro de Formação e Desenvolvimento Profissional da GM (CFGM), para conhecer o treinamento dado aos agentes da corporação. Os vereadores elogiaram, ao final do encontro, a disposição da GM em receber sugestões sobre o ementário do Estágio de Qualificação Profissional, que é um curso realizado anualmente pelo efetivo da Guarda Municipal, em especial sobre a capacitação em Direitos Humanos.
A Mesa Diretora da CMC foi representada, na atividade, pelo presidente do Legislativo, Tico Kuzma (Pros), pelo vice, Alexandre Leprevost (Solidariedade), e pela segunda secretária, Professora Josete (PT), que acompanharam os vereadores Jornalista Márcio Barros (PSD), Carol Dartora (PT) e Sargento Tânia Guerreiro (PSL), da Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública. No Centro da GM, foram recepcionados pelo secretário municipal de Defesa Social, coronel Péricles de Matos, pelo diretor geral da Guarda Municipal, pelo superintendente executivo da SMDS, Wagnelson de Oliveira, pelo comandante da GM, inspetor Carlos Celso dos Santos Júnior, e pela diretora do Centro de Formação, inspetora Cleusa Pereira.
Primeira vez no CFGM
O secretário de Defesa Social, Péricles de Matos, frisou que toda a estrutura de formação foi apresentada aos vereadores e que temas de Direitos Humanos já fazem parte da formação da GM, como a igualdade racial, o cuidado com a mulher, que por meio da Patrulha Maria da Penha (PMP) faz o enfrentamento à violência, e o conhecimento atualizado do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Estatuto do Idoso. “Outro aspecto que fazemos questão de ressaltar nas capacitações, que são periódicas, é um olhar de sensibilização para acolhimento ao imigrante em qualquer ação que o guarda tenha que intermediar”, acrescentou.
“Foi uma visita extremamente importante”, avaliou o inspetor Celso, à frente da Guarda Municipal. “Essa foi a primeira vez que recebemos vereadores no Centro de Formação da GM para uma reunião de trabalho. Tivemos a oportunidade de apresentar todo o trabalho da GM, do CFGM, do estágio qualificado”, explicou. “Foi proposta uma parceria com a CMC para aprimorar o nosso treinamento e qualificação para 2022, principalmente em temas específicos, como pedofilia, racismo estrutural e combate à homofobia”.
Diálogo institucional
“Foi uma grande oportunidade para conhecermos a matriz curricular do Curso de Formação da Guarda e a sua direção para o atendimento como polícia comunitária”, destacou Tico Kuzma, presidente da CMC. “É fundamental que a GM tenha uma estrutura qualificada para a formação dos futuros agentes de segurança. Precisamos conhecer os protocolos de policiamento e abordagem para garantir a qualidade dos serviços prestados à população curitibana”, disse Leprevost, que além de vice presidente da CMC é membro da Comissão de Direitos Humanos. “Nós, vereadores, podemos e devemos incentivar, colaborar e apoiar esse espaço que é primordial para uma GM com atendimentos humanitários, de excelência e que reflitam em uma cidade cada vez mais segura”, afirmou.
Para Josete, “é fundamental que haja uma relação institucional, para tratar de temas muito delicados na sociedade”. “Pensamos a reunião para debater a formação da GM, tendo o racismo estrutural como um dos conteúdos”, ponderou a vereadora, lembrando os relatos de abordagens agressivas contra a juventude negra e a previsão dessa capacitação contra a discriminação racial na GM dentro do Plano de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (005.00059.2021), em tramitação no Legislativo.
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Márcio Barros, ter acesso ao ementário, com o teor do conteúdo ministrado no Estágio de Qualificação Profissional, e às estruturas do CFGM, foi importante. “Por meio da comissão vamos fazer sugestões para a qualificação dos guardas”, garantiu o vereador. “Os inspetores se colocaram à disposição para fomentar o debate étnico-racial. Vamos construir parcerias e realizar esse trabalho com diálogo e responsabilidade”, avaliou Carol Dartora. Na opinião da Sargento Tânia Guerreiro, a estrutura da GM é muito parecida com a da Polícia Militar do Paraná. “Eu me senti em casa, tenho muito respeito pela GM”, disse.
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